Há pessoas super-qualificadas que, além de dominar o nosso próprio idio-
ma, ainda falam fluentemente outras línguas, têm intimidade com a
tecnologia e acompanham a evolução mercadológica. E são especialistas no
que
fazem. É lógico que isso é muito importante e um grande diferencial.
Mas às vésperas do terceiro milênio, existe um outro fator fundamental que
tem sido bastante analisado na hora das contratações: a espiritualidade.
Muitos confundem espiritualismo com religiosidade. Mas é algo muito
maior do que isso. Espiritualismo é entender o homem como um ser
complexo, que pensa, que ri, que chora, que se emociona, que se
desespera, que sonha, que sofre, que agradece, que perdoa, que
compreende e respeita o outro como ele é. Que é altruísta,
principalmente: sabe ajudar e deseja a felicidade do seu semelhante. Que
tem consciência das suas limitações perante a onipotência do
universo e vive de acordo às leis da natureza.
O grande problema é que a espiritualidade e o altruísmo não se aprendem nas
esferas acadêmicas. Não há curso que credencie alguém com estas qualidades.
É algo que só se adquire com a vida, com as experiências negativas e positivas
que moldam a personalidade, o caráter. A humildade, a flexibilidade, a
facilidade de relacionamento são características de quem é
espiritualista e compreende o seu papel na sociedade. Quem sabe mais,
ensina para quem está começando, com paciência e amor. Quem está
insatisfeito conversa com sinceridade objetivando resolver a questão.
Aquele que fala pelos cantos “mandando recados” através de outras
pessoas, que só sabe julgar (de acordo com seus critérios subjetivistas)
e reclamar em vez de oferecer alternativas de solução, além de
tumultuar o ambiente é uma pessoa que está inapta para o mercado de
trabalho no terceiro milênio. E precisa urgente repensar a sua postura
como ser humano.
Às vezes, acontecem situações que nos levam a essa reflexão, que rompem
conceitos.Há sempre alguma coisa que precisamos aprender com aquilo que
somos “obrigados” a viver.
Se aceitarmos isso, conseguiremos “passar na prova sem precisar de
recuperação”. Caso contrário, continuamos estagnados . Não evoluímos até
assimilar a lição. A matéria “ Profissionais do terceiro milênio” fala
justamente destes pontos.
Outra matéria bastante importante é a que trata da questão dos agrotóxicos,
que estão matando diretamente uma pessoa a cada meia hora por
envenenamento. São quase 20 mil mortes ao ano. Sem contar as doenças
provocadas pelo seu uso indiscriminado. O filósofo Mokiti Okada disse
que se não houvesse uma rápida conscientização da humanidade, em pouco
tempo haveriam alimentos, mas não haveria o que comer. É um alerta.
Também há uma entrevista com a atriz Elizabeth Savalla e uma matéria que
conta como uma das principais redes de magazines do País está conseguindo
progredir enquanto alguns de seus principais concorrentes estão abrindo
falência. Vale a pena conferir.
Abordamos ainda a carência exarcebada das pessoas através do “mito de
Narciso”, os resultados do Método Educacional Mokiti Okada, que têm como
instrumento a revista Planeta Azul, o papel do johrei na aquisição da
saúde, a
importância de caminhar e como a correta respiração influencia o dia a
dia mais do que imaginamos. Há também mais uma aula de Ikebana
Sanguetsu,
um capítulo da história do Templo de Quioto e o papel da arte no resgate da
alma. Esperamos que esta edição contribua de alguma forma para que você
tenha uma vida melhor e, como conta a história da editoria de
Comportamento, que você encontre e priorize o que é realmente importante
na sua existência. Este é o nosso maior desejo e o objetivo na (e da)
Nova Era.
Ana Cristina Stabelito.