Onda e amor, onde amor, ando indagando ao largo vento e à rocha imperativa, e a tudo me arremesso, nesse quando amanhece frescor de coisa viva.
As almas, não, as almas vão pairando, e, esquecendo a lição que já se esquiva, tornam amor humor, e vago e brando o que é de natureza corrosiva.
N´água e na pedra amor deixa gravados seus hieróglifos e mensagens, suas verdades mais secretas e mais nuas.
E nem os elementos encantados sabem do amor que os punge e que é, pungido, uma fogueira a arder no dia findo. |
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Autor: Carlos Drummond de Andrade |
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