FELICIDADE, E A INFLUÊNCIA DOS ELOS ESPIRITUAIS

“Se o empresário deseja crescer e quer funcionários melhores, primeiro precisa aprimorar e se elevar espiritualmente.”


Ser feliz é uma escolha. Basta tomar a decisão de trilhar o caminho alicerçado
no altruísmo e agir em conformidade com ele. Depende também do nosso estado espiritual e do que somos capazes de proporcionar às outras pessoas. Devemos procurar sempre fazer coisas com as quais elas possam sentir gratidão por nós, e não nutrir sentimentos como raiva, ódio, desejo de vingança que nos atrapalham enormemente.
As pessoas que agem dessa forma, sem se preocupar em magoar ou não o seu
semelhante para atingir seus objetivos, acabam diminuindo a pequena aura
que já têm. E quanto menor for a aura, que é o revestimento do nosso corpo
espiritual, menor é a nossa proteção e a nossa força de atração. Se geramos
sentimentos negativos, atraímos resultados negativos na mesma proporção.
Por isso, além de fazer o nosso próximo feliz, temos de alegrá-lo, pensar
sempre em como podemos ajudá-lo, para que possamos reverter o senti-
mento de ódio das pessoas para sentimento de gratidão.
Uma forma de saber se estamos conseguindo isso é tentar conseguir receber
pelo menos dez “obrigados” por dia. Se ficarmos ligados a isso, nos preocuparemos em fazer as pessoas felizes. E quem plantar esta semente, com certeza só vai colher bons frutos.
Para ser feliz não há mistério nenhum. Basta praticarmos o bem.
Precisamos começar a corrigir o nosso pensamento e cuidar com mais atenção da parte espiritual, invisível, porque ela afeta diretamente nossa parte material, física.

NÃO SER ODIADO É FUNDAMENTAL

No nosso dia-a-dia, as situações de conflito surgem casualmente. Quando vemos, já estamos no meio de uma discussão, criticando, ofendendo, falando mal dos outros. Chega a ser natural, o que é uma ironia. Mas esse comporta-
mento está bem longe da Verdade e precisamos nos precaver e não deixar que
estas situações aconteçam. Nos momentos de ira, o melhor é esfriar a cabeça
para não tomar nenhuma resolução precipitada e nem falar algo que pode magoar alguém numa atitude impensada. Se conseguirmos nos controlar nestes momentos, conseguiremos dar um grande passo em relação ao aprimoramento do nosso espírito.
No caso do relacionamento Patrão e Empregado tem que haver uma interação
para que os trabalhos possam progredir e seguir seu curso natural. O patrão
precisa se preocupar com o funcionário, ouvindo-o, tentando saber se não é
odiado, e se for, tentar descobrir os motivos para poder corrigi-los. O funcionário, a mesma coisa, tentando sempre fazer o máximo possível. É missão do ser humano extinguir o ódio da face da terra.
Às vezes, aparecem em nosso caminho, pessoas que estão nos prejudicando,
fazendo algum tipo de mal. Na verdade, elas são barreiras enviadas por Deus
para o nosso aprimoramento e, em vez de nos prejudicar, estão nos ajudando.
Temos sempre que tentar aprender com elas e conquistá-las.
O importante é eliminar o ódio, porque ele nos prejudica espiritualmente. E
como a matéria é reflexo do espírito, se ele estiver maculado, sofreremos as
conseqüências no mundo material através de sofrimento e infelicidade.

ELO ESPIRITUAL: A CHAVE DA NOSSA FELICIDADE

Em tudo existe elo espiritual, que é uma ligação entre as pessoas, que começa do nada e vai se desenvolvendo.
No caso do casal, nasce uma pequena simpatia entre os dois e o homem co-
meça a criar elo com a mulher, procurando fazê-la feliz. Primeiro, ele descobre o que ela gosta, o que ela pensa e assim por diante, procurando satisfazer todos os seus desejos. Com a mulher ocorre a mesma coisa.
Como no princípio, o pensamento de ambos é só positivo, pois não vêem
defeitos, só coisas boas. Por causa do sentimento e pensamento bons, que
um tem em relação ao outro é que nasce a vontade de fazer o companheiro ou companheira feliz para sempre. O outro, por sua vez, também vai ficar feliz e, assim, começa haver uma aproximação cada vez maior entre os dois, até chegar uma hora em que um não vai conseguir ficar longe do outro.
É assim que se forma o Elo Espiritual.
Com as empresas é a mesma coisa.
Também há elo entre patrão e empregado, entre amigos. Dependendo do
nível de amizade ou parentesco, esse grau é mais ou menos fino. Entre as
pessoas próximas, ele é extremamente largo. Às vezes, é possível até sentir o estado de espírito de outra pessoa, se tivermos um forte elo espiritual com ela. Por isso, muitas vezes sabemos ou sentimos quando alguém fala mal de nós ou quando tem mágoa. Mesmo que fale escondido, que só pense mal.
Quando uma pessoa pensa mal da outra, esta acaba percebendo e começa
a pensar a mesma coisa.
Dentro da hierarquia de uma empresa, o patrão é o espírito e o funcionário a matéria. Isso quer dizer que pensamento é espírito, ação é matéria e o que se pensa é o que se faz. Por isso, a execução é resultado de planejamento de idéias.
Se algo der errado é porque o pensamento também estava errado. Não é o
funcionário apenas que erra, porque ele é a matéria. O que está errado é o
patrão, que é o espírito, o pensamento.
E pensamento é a única coisa que não se consegue destruir, roubar, comprar.
Se o patrão se preocupa realmente em deixar o funcionário mais feliz, este
sente através do elo espiritual e, de alguma maneira, vai retribuir este sentimento através da realização correta de seu trabalho, na relação com os superiores, com os colegas de trabalho, com clientes e fornecedores. Enfim, na
sua postura no dia-a-dia.
É como o casamento que, atualmente, não dura mais do que três anos, por-
que as pessoas se casam baseadas apenas na paixão. Na relação patrão/empregado ocorre a mesma coisa: o empresário fica empolgado no início, mas não tenta fazer o empregado feliz. Por isso, com o tempo, acaba mandandoo embora, porque não sente amor pelo ser humano. Essa é a diferença.
A paixão começa grande e vai diminuindo com o tempo; o amor, ao contrário, começa pequeno e cresce.
Da mesma forma, o amor, a amizade sincera pelo funcionário, e a dele pelo
patrão. À medida que o relacionamento vai se tornando cada vez maior, o
elo espiritual também vai se fortalecendo. E aí nenhum mal-entendido será
capaz de abalar a relação.
Como o funcionário sente o mesmo respeito e amizade pelo patrão, ele não
vai querer prejudicar a empresa. Os empresários precisam se conscientizar
deste fato e estreitar essa ligação com seus funcionários. Mas não pode ser
apenas uma coisa formal, é preciso haver sinceridade e autenticidade.
Quando um empresário simplesmente manda um funcionário embora por
ele não corresponder às suas expectativas, em vez de procurar ajudá-lo ou
ensiná-lo, ele termina com o elo entre ambos, mas como o seu nível espiritual continua o mesmo de antes, por afinidade, aparecerá outro funcionário
igual àquele que foi embora.
Por isso, se o empresário deseja crescer e quer funcionários melhores, ele
primeiro precisa aprimorar e se elevar espiritualmente. Pelos elos existentes, seus funcionários também melhorarão, pois são reflexos do patrão.
Assim, a qualidade de trabalho aumentará e a empresa passará a atrair bons
clientes e fornecedores fiéis.
Isso não acontece apenas nas empresas; em todos os lugares ou relacionamentos, o processo é mais ou menos idêntico. Por isso, acredito que está na hora de a sociedade começar a dar maior atenção ao espírito e às suas
influências no cotidiano.
Fazer alguém feliz não é difícil. É só imaginar uma bacia com água dentro.
A bacia, por exemplo, representa a nossa vida e a água, dinheiro. Se eu perguntar a alguém o que faz com esse dinheiro, com certeza irá me responder
que vai puxá-lo todo para si. Só que, nesse caso, o dinheiro é a água e quando
você puxa a água com os braços para perto de si, ela automaticamente escorre
por entre os dedos. Mas se a empurrarmos para longe, ela vem em nossa direção. Usei a água neste caso para falar de dinheiro, mas ela também pode representar pessoas. Ou a felicidade. Se a empurrarmos para outras pessoas, ela volta para nós. Se a quisermos apenas para nós, ela se afasta.
Talvez este treinamento de desapego seja um dos maiores aprimoramentos do
ser humano. O melhor é atrair ao invés de correr atrás. O ideal é não querer
vender, e sim fazer com que os outros queiram comprar.
Isso sim, é viver de acordo com as Leis da Natureza, a vontade de Deus.


KOJI SAKAMOTO.