segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

SER FELIZ II

Fazer alguém feliz é bastante simples.Mas o ser humano, como sempre, tem o poder de complicar as coisas. E se enrola de tal forma que sua maior dificuldade é manifestar sua gratidão.Quando vai fazê-lo sempre pensa numa
recompensa material, um presente ou algo do gênero. Mas nem sempre é o que a outra pessoa estava precisando ou querendo.
Quantas vezes não andamos quilômetros de vitrines procurando um presente
especial para nossa mãe, sendo que aquilo que ela mais queria era a nossa companhia. Ou um abraço bem forte passando toda nossa energia. E assim é com os pais, filhos, amigos, chefes, subalternos...
Como somos materialistas sempre pensamos em manifestar o nosso carinho
de maneira palpável. E como estamos sempre correndo e ocupados, não temos
tempo sequer para perceber as necessidades e desejos das pessoas que estão
mais próximas de nós. Para compensar, compramos alguma coisa. Afinal, é sempre mais barato do que doar-se. É bem mais fácil do que ativar a nossa percepção. Além de ser bem mais cômodo.
O ser humano tem o poder (que ele próprio desconhece) de se comunicar através do sentimento, do olhar, do pensamento, do tato. Mas insiste em usar
apenas o bolso. É a cultura materialista.
Na revista da Folha, do dia 28 de junho de 1998, o escritor Paulo Coelho
assinou uma crônica em que contou a história do autor Leo Buscaglia que, certa vez, foi convidado a ser jurado de um concurso numa escola cujo tema era: “a criança que mais se preocupa com os outros”.
“O vencedor foi um menino cujo vizinho, um senhor de mais de 80 anos
acabara de ficar viúvo. Ao notar o velhinho no seu quintal, em lágrimas, o garoto pulou a cerca, sentou-se no seu colo e ali ficou por muito tempo Quando voltou para sua casa, a mãe lhe perguntou o que dissera ao pobre homem.Nada, disse o menino. Ele tinha perdido a sua mulher e isso deve ter doído muito. Eu fui apenas ajudá-lo a chorar.”
Como se pode ver, para fazer alguém feliz basta ter sensibilidade, percepção, sabedoria e amor sincero. Estas sim, são as maiores riquezas do homem..

Koji Sakamoto.

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