sábado, 25 de fevereiro de 2012

UM NÃO POSITIVO

Em uns dos meus aprimoramentos para rapazes, falando sobre Johrei e Ensinamentos, um jovem de aproximadamente vinte anos entrou já no meio da palestra, sentou-se e ouviu-me atentamente. No final, perguntei se alguém tinha alguma divida. Esse rapaz levantou a mão e passou a relatar sua história.
Contou que saiu de sua cidade para tentar vencer na vida, mas, ao chegar a São Paulo, começou a purificar financeiramente . Toda sua família era messiânica, inclusive ele, mas não usava o Ohikari e não se ligava muito em religião.
Conforme ia relatando os fatos, pela sua postura e por tudo o que dizia, percebi que chegara ali realmente por seu “kyudoshim” (espírito de busca) e que sabia da necessidade de mudar algo em si mesmo, mas não enxergava o que. Ouvi-o atentamente e disse-lhe:
- Imagine que você está dentro de um copo e não está conseguindo sair. Como tentaria fazê-lo?
- Subindo.
- Isso é lógico. Mas, como?
Ele pensou e, vencido retrucou: “Não sei...” “Dedicando!”, expliquei-lhe. “Só assim crescerá o suficiente para sair de onde está”.
Nessa época, ele trabalhava como balconista de uma loja e percebia que tinha capacidade para um emprego melhor. Eu lhe disse: “Pela Lei do Espírito Precede a Matéria, colocando no Mundo Espiritual que sua capacidade e merecimento são maiores do que seu atual emprego, logo tudo irá materializar-se.”
No dia seguinte, às dez horas da manhã, ele veio comunicar-me que tinha sido despedido. Comecei a rir e lhe disse para ir ao altar para agradecer, pois havia recebido uma grande graça. O ponto fundamental que levou o Mundo Espiritual a se manifestar dessa forma é que ele alegara que não dedicava regularmente por falta de tempo, o horário do emprego não permitia. Mas também fiquei preocupado por ele ter sido despedido, pois tornava-se problemático e revoltado quando não conseguia alguma coisa. Como eu poderia fazer para que ele não vacilasse?
Usei como base para o aprimoramento dele o Ensinamento “O Homem Depende de Seu Pensamento”. Teria de fazê-lo agradecer a situação difícil pela qual passaria e sentir gratidão, mesmo não conseguindo emprego. Então, orientei-o da seguinte forma: que cada emprego que procurasse e recebesse um “não”, fosse ao altar para agradecer. O emprego viria no décimo “não”. Com isso, eu queria que ele transformasse o negativo (os “não” que ouvisse) em positivo, encarando-o como mais uma barreira positiva que vencera. O espírito dessa orientação é o que Meishu-Sama diz: “Gratidão gera gratidão e liga-se com Deus; lamúria gera lamúria e liga-se com Satanás”.
No primeiro dia, à noite, encontrei-o e ele estava muito feliz. Pensei: “Será que já conseguiu o emprego?” Perguntando, ele me respondeu que ouviu três “não” e que estava feliz, pois só faltavam sete.
- Você agradeceu os “não” que recebeu?
- Sim. Até estranharam, pois acharam que eu estava fazendo confusão, pois não havia sido aprovado, mas, mesmo assim, estava agradecendo.
No segundo dia, estava feliz; tinha ouvido mais dois “não” e disse: “Agora só faltam 5.” Quem ficou preocupado, com isso, fui eu, pois já imaginou um dos empregos do dia anterior. Assim, ele começou a perceber que ser messiânico, praticar os Ensinamentos de Meishu-Sama, é ser diferente das outras pessoas da sociedade. Arrumou um emprego bem melhor, em que ganharia mais. Passado algum tempo, arrumou um outro emprego, melhor ainda do que esse.
Realmente, pela sua prática, ele transformou algo negativo em positivo. “Alegrem-se que virão coisas alegres”, diz Meishu-Sama. E o jovem descobriu o valor disso, aprendendo a agradecer principalmente as coisas difíceis. Mudou seu pensamento e até os “não” que ouvia nas entrevistas, em um momento em que precisava bastante do emprego, passou a ser algo bom. Este é o espírito de Meishu-Sama.

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