Em uns dos meus
aprimoramentos para rapazes, falando sobre Johrei e Ensinamentos, um
jovem de aproximadamente vinte anos entrou já no meio da palestra,
sentou-se e ouviu-me atentamente. No final, perguntei se alguém tinha
alguma divida. Esse rapaz levantou a mão e passou a relatar sua
história.
Contou
que saiu de sua cidade para tentar vencer na vida, mas, ao chegar a São
Paulo, começou a purificar financeiramente . Toda sua família era
messiânica, inclusive ele, mas não usava o Ohikari e não se ligava muito
em religião.
Conforme ia relatando os fatos, pela sua postura e por tudo o que dizia,
percebi que chegara ali realmente por seu “kyudoshim” (espírito de
busca) e que sabia da necessidade de mudar algo em si mesmo, mas não
enxergava o que. Ouvi-o atentamente e disse-lhe:
- Imagine que você está dentro de um copo e não está conseguindo sair. Como tentaria fazê-lo?
- Subindo.
- Isso é lógico. Mas, como?
Ele pensou e, vencido retrucou: “Não sei...”
“Dedicando!”, expliquei-lhe. “Só assim crescerá o suficiente para sair
de onde está”.
Nessa época, ele trabalhava como balconista de uma loja e percebia que
tinha capacidade para um emprego melhor. Eu lhe disse: “Pela Lei do
Espírito Precede a Matéria, colocando no Mundo Espiritual que sua
capacidade e merecimento são maiores do que seu atual emprego, logo tudo
irá materializar-se.”
No dia seguinte, às dez horas da manhã, ele veio comunicar-me que
tinha sido despedido. Comecei a rir e lhe disse para ir ao altar para
agradecer, pois havia recebido uma grande graça. O ponto fundamental que
levou o Mundo Espiritual a se manifestar dessa forma é que ele alegara
que não dedicava regularmente por falta de tempo, o horário do emprego
não permitia. Mas também fiquei preocupado por ele ter sido despedido,
pois tornava-se problemático e revoltado quando não conseguia alguma
coisa. Como eu poderia fazer para que ele não vacilasse?
Usei como base para o aprimoramento dele o Ensinamento
“O Homem Depende de Seu Pensamento”. Teria de fazê-lo agradecer a
situação difícil pela qual passaria e sentir gratidão, mesmo não
conseguindo emprego. Então, orientei-o da seguinte forma: que cada
emprego que procurasse e recebesse um “não”, fosse ao altar para
agradecer. O emprego viria no décimo “não”. Com isso, eu queria que ele
transformasse o negativo (os “não” que ouvisse) em positivo, encarando-o
como mais uma barreira positiva que vencera. O espírito dessa
orientação é o que Meishu-Sama diz: “Gratidão gera gratidão e liga-se
com Deus; lamúria gera lamúria e liga-se com Satanás”.
No primeiro dia, à noite, encontrei-o e ele estava muito
feliz. Pensei: “Será que já conseguiu o emprego?” Perguntando, ele me
respondeu que ouviu três “não” e que estava feliz, pois só faltavam
sete.
- Você agradeceu os “não” que recebeu?
- Sim. Até estranharam, pois acharam que eu estava
fazendo confusão, pois não havia sido aprovado, mas, mesmo assim, estava
agradecendo.
No
segundo dia, estava feliz; tinha ouvido mais dois “não” e disse: “Agora
só faltam 5.” Quem ficou preocupado, com isso, fui eu, pois já imaginou
um dos empregos do dia anterior. Assim, ele começou a perceber que ser
messiânico, praticar os Ensinamentos de Meishu-Sama, é ser diferente das
outras pessoas da sociedade. Arrumou um emprego bem melhor, em que
ganharia mais. Passado algum tempo, arrumou um outro emprego, melhor
ainda do que esse.
Realmente, pela sua prática, ele transformou algo negativo
em positivo. “Alegrem-se que virão coisas alegres”, diz Meishu-Sama. E o
jovem descobriu o valor disso, aprendendo a agradecer principalmente as
coisas difíceis. Mudou seu pensamento e até os “não” que ouvia nas
entrevistas, em um momento em que precisava bastante do emprego, passou a
ser algo bom. Este é o espírito de Meishu-Sama.
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